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    Supercolisor

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    NADA É MELHOR

    tudo passou e eu nem vi
    tudo ficar pra trás
    se ainda é tempo eu não sei 
    nem sei se eu sou capaz 

    quando a gente sai
    fica um gosto de ter 
    e eu me pergunto se é possível ser polido nessa vida e conquistar as coisas que eu quero mais

    como será viver 
    se nada é melhor que você? 
    como será viver 
    se nada é melhor 
    que você? 

    tudo passou e eu nem vi
    tudo ficar pra trás
    garoto, eu nem sei quem sou
    você se acha demais!

    já não há sorte sem fim
    tem que correr atrás (mais, mais, mais)
    tem que encontrar a dor
    se não, tanto faz

    há uma sorte em ser
    filho de quem eu sou
    e junto de quem serei
    eu quero um filho, amor

    quando a gente sai
    fica um gosto de ter
    nem o sol nem o mar farão perceber
    (fica um gosto de ter)
    nem o sol nem o mar farão perceber
    (fica um gosto de ter!)
    e tudo roda quando eu bebo e mesmo sóbrio eu percebo que não para — será que eu aguento mais?

    como será viver
    se nada é melhor que você?
    como será viver
    se nada é melhor
    que você?


    UM E MEIO

    não te preocupa, não
    não adianta o medo
    tem vezes que a vida é um carro
    e você é só o passageiro

    pelo menos sente o vento do mistério te beijar
    sem desespero,
    que as coisas não vão sair do lugar

    não é bem que eu tenha medo
    de te reencontrar
    mas ter que conversar
    eu tenho que pensar
    se eu quero mesmo que essa dor
    exploda e morra e renasça

    exploda e morra e renasça

    de pouco em pouco eu vou
    curando o meu passeio
    permitindo que haja vida
    longe do teu travesseiro

    quanta coisa aconteceu entre o começo e como está?
    vai ser difícil
    mas a gente vai ter se que acalmar

    eu vou estar aqui
    arruma esse veleiro
    que se for sempre contigo
    eu vou-me embora o mundo inteiro

    sentiremos no espírito o seguinte devaneio:
    que os dois inteiros
    com uma metade igual, são um e meio

    não é bem que eu tenha medo
    de te reencontrar
    mas ter que conversar
    eu tenho que pensar
    se eu quero mesmo que essa dor
    exploda e morra e renasça

    exploda e morra e renasça


    TORTO

    bem no fim
    quase desisti
    mas você foi
    chegando
    sorri pra disfarçar o pânico

    foi assim:
    logo que eu te vi
    te imaginei
    cantando
    só tu e o teu olhar irônico
    em cima desse som mecânico

    nós nunca nos vimos desse jeito
    tudo começou já meio torto
    dança um diabo no teu corpo
    (bem perto do céu,
    bem perto do céu)

    foi assim:
    quando percebi
    a cena foi
    parando
    um quadro estranhamente harmônico
    (talvez tocasse um som britânico)

    nós nunca nos vimos desse jeito 
    tudo começou já meio torto 
    dança um diabo no teu corpo 
    (bem perto do céu, 
    bem perto do céu)

    foi assim:
    logo que eu te vi
    te imaginei
    cantando
    só tu e o teu olhar
    só tu e o teu olhar irônico


    PARDAL

    é, talvez eu não demonstre 
    mas que sorte eu dei quando te vi 
    eu reconheço em ti a fonte 
    dos meus sonhos juvenis 
    e, ah, se eu pudesse, meu amor,
    eu te faria muito mais feliz 

    bate um desespero, amor,
    de que a vida seja só 
    uma versão menor dos sonhos 
    mas não é, não
    segura forte a minha mão

    Bate um desespero, amor,
    de que a águia do rancor 
    perfure o teu olhar tão lindo, sereno
    melhor que leve esse veneno, 
    num vôo em paz ao céu chileno 

    e, com todo o teu carinho, 
    dai-me as duas mãos pr’eu não cair 
    meu deus! quantas vezes no caminho 
    você acha alguém assim? 
    e aí dói um pouco ainda o teu corpo 
    e queres tanto que ainda vais voar 

    voar, voar, voar, voar, voar, voar, voar... 
    voar 

    bate um desespero, amor, 
    de que um dia a gente se 
    permita desistir um do outro 
    mas não vai, não
    segura forte a minha mão

    bate um desespero, amor, 
    e eu me pego imaginando 
    um dia flutuar! tranquilo, cantando... 
    como um pardal voltando 
    pro teu pomar no fim do outono


    SEMPRE

    sempre que eu penso em rever
    um pedaço de você
    farei com calma, amor
    farei como não fosse nada

    eu fecho os olhos e arrisco teu rosto
    teremos tudo se tudo tem gosto
    real

    vai surgir 

    sempre que eu quiser rever
    um pedaço de você
    farei com calma, amor
    farei como não fosse nada

    eu fecho os olhos e arrisco teu rosto
    teremos tudo se tudo tem gosto
    real

    vai surgir

    ESTRADA

    quanta gente já ficou pra trás?
    nem ouço mais seus gritos de agonia
    sua voz sem melodia 

    quanta gente já ficou pra trás?
    e o mundo deu as voltas que pediste
    meu dedo ainda em riste

    meu pensamento se distrai...
    nem ouço mais

    ponho os dois pés na estrada
    já nem sei mais em que ponto estou
    me mande força, por favor

    ponho os dois pés na estrada
    deixo minha sorte no acelerador

    mas tudo vai passar
    nada vai mudar em vão
    tudo vai passar
    nada vai mudar, ó não 

    quanta gente já ficou pra trás?
    e o mundo deu as voltas que eu pedi
    não sei se eu quero ir

    se o pensamento se distrai...
    eu ouço mais
    (eu ouço mais!)

    ponho os dois pés na estrada
    já nem sei mais em que ponto estou
    me mande força, por favor 

    ponho os dois pés na estrada
    deixo minha sorte no acelerador 

    mas tudo vai passar
    nada vai mudar em vão
    tudo vai passar
    nada vai mudar, ó não 

    mais si la route m'appelle 
    je partirai avec elle
    et même si j'ai tort
    partons avant l'aurore
    si le vent se lève
    rendez-vous à la frontière
    si tu rêves encore

    mais si la route m'appelle
    je partirai de plus belle
    si je perds le nord
    arriverai-je à bon port?
    si le vent se lève
    rendez-vous à la frontière
    si tu rêves encore


    INCÊNDIOS

    estamos tão sozinhos
    tudo se afastou
    teus olhos vermelhos
    contra o sol se pôr

    quanto desse incêndio
    queimaremos nós?
    não, eu não lamento
    essa é minha voz

    pense bem
    volte e vá
    deixa a tua vida deformar
    como um fogo

    ... como um fogo

    será que chegamos
    em algum lugar?
    foram tantos anos
    conto devagar

    quantos mil incêndios
    você provocou
    no meu pensamento
    desde que chegou?

    pense bem
    volte e vá
    deixa a tua vida deformar
    como um fogo

    ... como um fogo

    de dentro da chama meu fôlego surge
    sujo de carvão
    ele, que deu saturação pros dias cinzas
    foi preciso deixar queimar
    é preciso deixar queimar

    hoje vamos pro espaço como dois satélites
    lá no terraço à espera de um novo dilúvio
    um que seja de fogo, definitivo
    um sol que se ponha no mundo, e não atrás dele escondido

    do topo do concreto escorre a infância da noite
    e a gente conhece o momento
    é você quem me mantém vivo
    luz e calor na contramão do inverno ao relento 
    aqui, acesos por dentro 

    ... como um fogo
    um vento que torna os nossos sonhos em coisas reais
    ... como um fogo
    um calor que me faz suar, que me faz querer mais
    ... como um fogo
    um sol zelando pra que o mundo nunca gire pra trás
    ... como um fogo
    a certeza de que tudo que brilha um dia se desfaz


    EU NÃO TE ESQUECI

    e aqui ficamos só nós dois
    só por um momento não pense em depois
    olhe para mim: você vai achar
    eu não me escondi

    vai passando o tempo e só nós dois
    nós nem percebemos quanto já se foi
    olhe para mim; você vai achar
    eu não me escondi
    não, eu não me escondi

    não preciso te fotografar
    deixo a minha mente relaxar
    descobri que o tempo grava em nós
    coisas impossíveis de apagar

    pode ser que eu custe a responder
    pode ser que hoje eu não consiga retornar
    mas eu não te esqueci (qual é mesmo o seu nome?)
    não, eu não te esqueci (não me lembro)

    e aqui ficamos só nós dois
    só por um momento não pense em depois
    olhe para mim: você vai achar
    eu não me escondi
    não, eu não me escondi

    não preciso te fotografar
    deixo a minha mente relaxar
    descobri que o tempo grava em nós
    coisas impossíveis de apagar

    e agora eu volto a responder
    se foi isso que você veio me perguntar
    não, eu não te esqueci
    oh, eu não te esqueci 

    eu não te esqueci (na-na-na-na-na-na-na-na)
    eu não me escondi (na-na-na-na-na-na-na-não)


    TORTO (REPRISE)

    apresentaram a gente e ficou aquele silêncio:
    sabe quando você olha pra cara da pessoa…
    …e paisagem?

    tentei ser gentil, quebrar o gelo
    beijinho, beijinho…
    (mas eu pisei no pé dela) 
    trombada/risada 
    kkkkkkkk 

    (figurinha) 

    lubrificação 

    puxei assunto, falei alguma merda sobre lugar de fala
    ela me descascou impiedosamente
    e a partir daí a liga foi bruta 

    (foi brutal) 

    química e física 
    tempo e espaço 
    pele e osso 

    sabe quando a vida é um livro aberto? 
    ficção científica e literatura erótica 

    sabe quando a vida é um livro aberto?


    VIAGEM AO FIM DA NOITE

    sai de casa só
    vai pensando em quem ficou
    e segue o caminho
    faz um dia frio
    hoje nem sequer sentiu
    e o sol vai a pino
    eu não sei por que
    tu corres assim
    eu não sei por que
    há tanto a fazer
    volta da função
    mastigando ainda um Não
    mas segue o caminho
    nem repara o céu
    a cidade é um mausoléu
    e o sol vai caindo
    eu não sei por que
    tropeças assim
    eu não sei por que
    já nem quero ver
    e quando chegar ao fim da noite
    quem vai estar?
    vou até pensar em ti por lá
    vou até pensar em ti por lá
    tudo escuro enfim 
    sigo procurando a ti 
    nesse labirinto 
    eu não sei por que 
    te escondes assim
    eu não sei por que
    eu torço por nós

    tu corres assim
    eu não sei por quê
    tropeças assim
    eu não sei por quê
    te escondes assim
    eu não sei por quê
    viajo ao fim
    eu não sei por quê
    eu não sei por quê
    tu corres assim
    eu não sei por quê
    tropeças assim
    eu não sei por quê
    te escondes assim
    eu não sei por quê
    viajo ao fim
    da noite até ver
    a luz renascer


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